segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Convite: Paradoxos da política sobre drogas e da saúde mental, na construção das redes de atenção psicossociais.

O Grupo Transversalizando, juntamente com o Movimento de Luta Antimanicomial (MLA), o Conselho Regional de Psicologia (CRP-10), o Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) e a Frente Estadual de Drogas e Direitos Humanos/Pará, convidam para a palestra:  Paradoxos da política sobre drogas e da saúde mental, na construção das redes de atenção psicossociais.
PALESTRANTE:Maria do Rosário Costa Ferreira/Coordenadora do Consultório na Rua de Santo André. Presidente da Associação Brasileira de Consultórios na Rua – ABRACORU, Membro da Frente Nacional de Drogas e Direitos Humanos.
Membro da Frente Estadual de Drogas e Direitos Humanos de São Paulo.


As inscrições serão GRATUITAS e realizadas no dia e local do evento! 


DIA: 31/10/2013. Quinta-Feira. 

HORÁRIO: das 15h00 às 18h00,

LOCAL: Bloco C. de psicologia, Sala C2 , Campus Básico da UFPA. 

REALIZAÇÃO: MLA, CRP-10, PPGP, Frente Estadual de Drogas e Direitos Humanos/Pará e Transversalizando

2 comentários:

  1. Qual a sua loucura?
    "A loucura no período medieval era representada socialmente como um problema espiritual, uma possessão demoníaca que demandava rituais religiosos para purificação da alma. O sujeito considerado “insano” ou “lunático” era excluído da sociedade e isolado tal como um “leproso”, sendo assim, era flagelado, acorrentado, escorraçado, pois, em tese, era “possuído pelo demônio”. No fim da Idade Média, indivíduos com comportamento “desviante”, foram perseguidos, julgados e queimados vivos seguindo princípios da Santa Inquisição.

    Ao retornarmos na era clássica, período do apogeu Grego, encontramos uma noção distinta em que o louco era representado como sujeito especial devido sua suposta relação com os deuses do Olímpo.

    A medicina moderna institucionalizou a loucura como uma patologia de origem biológica no sistema nervoso. Diante disso, surge uma linguagem adotada no cotidiano que situa o transtorno mental como uma doença dos nervos. É comum essa noção biológica associada aos transtornos mentais no vocabulário do dia-a-dia quando, por exemplo, afirmamos que um sujeito tem “miolo mole”, “sangue quente”, “problema na cabeça”, “nervos a flor da pele” ou 'falta um parafuso na cabeça' ”
    http://www.fev.edu.br/graduacao/breve_historia_da_loucura_e_a_luta_antimanicomial-30-artigo.html

    Levando em conta todas as atrocidades vivenciadas e provocadas pela humanidade até agora, (a situação nos manicômios; o holocausto no Hospital Psiquiatrico de Barbacena, por exemplo, entre tantos outros) penso eu que a verdadeira loucura, a verdadeira patologia que vem acometendo nossa espécie desde tempos imemoriais, não é nada além da dita normalidade instituída.

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  2. Interessante tema para palestra!
    Tratar sobre o paradoxo dos tratamentos dispensados as drogas e a saúde mental é perceber o quanto se avança em determinadas ocasiões e o quanto se mantem inalteradas determinadas formas de subjugação dos indivíduos ligados a esses contextos. Afinal, como é possível que o mesmo país que aprovou um sistema de saúde tao bem paramentado como o SUS e que aprova tantas portarias de apoio a saúde mental e ao atendimento álcool/drogas,ser o mesmo país que reluta em acabar com seus manicômios e hospitais de custódia. Ou,ser o país (a exemplo de outros,como o Estados Unidos com a sua Política Anti-drogas) que cada vez mais investe em Comunidades terapêuticas de objetivos duvidosos e que acredita na internação compulsória de dependentes químicos,retirando-os das ruas à força,sem levar em conta outras formas de cuidado a esse publico. Questões como essas não podem ficar sem debate.

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