sábado, 29 de setembro de 2012

Convite para Defesa de Dissertação de Mestrado


O grupo Transversalizando convida para a Defesa de Dissertação de Mestrado de Danielle Santos de Miranda, com o título: Uma Análise Genealógica da Objetivação da Mulher em Documentos do UNICEF. 
Sua defesa acontecerá no dia 01 de outubro, às 9hs, no Auditório do IFCH (Universidade Federal do Pará);

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Encontros com Michel Foucault


Vamos participar? 
Inscrições grátis no dia do Evento.
Vagas limitadas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Colóquio Transformações da Biopolítica;


PROGRAMAÇÃO RESUMIDA

8 e 9 de outubro de 2012
19:30 hs - Tucarena
Apresentação da aula-teatro saúde!1 pelo Nu-Sol (Núcleo de Sociabilidade Libertária).

10 de outubro de 2012
15hs - Auditório Paulo Freire/TUCA-PUC-SP
Apresentação do Documentário Ecopolítica-Ecologia
56 minutos.

17hs – Tucarena
Conversação 1. Populações e ambientes.
Beatriz Carneiro (Nu-Sol)
Carmen Junqueira (PUC-SP)
Astrid Ulloa (Universidade Nacional da Colômbia)
André Duarte (UFPR)

20hs – Tucarena
Conversação 2. Biopolítica e segurança
Marcos Cesar Alvarez (USP)
Peter Pál Pelbart (PUC-SP)
Laymert Garcia dos Santos (Unicamp)
Thiago Rodrigues (Nu-Sol/UFF)

11 de outubro de 2012
15hs – Auditório Paulo Freire/TUCA-PUC-SP
Apresentação do Documentário Ecopolítica-Segurança
56 minutos

17hs – Tucarena
Conversação 3. Resiliências e resistências
Salete Oliveira (Nu-Sol/PUC-SP)
Maria Cristina Franco Ferraz (UFF)
Christian Ferrer (Univesidade de Buenos Aires)
Acácio Augusto (Nu-Sol/PUC-SP)

20hs – Tucarena
Conversação 4. Regulações e ecopolítica.
Edgardo Castro (Universidade de San Martín)
Guilherme Castelo Branco (UFRJ)
José Maria Carvalho Ferreira (Universidade Técnica de Lisboa)
Edson Passetti (Nu-Sol/PUC-SP)



Maiores informações em: www.pucsp.br/ecopolitica


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A política de segurança pública no Brasil


Entrevista com nosso estimado professor Luís Antônio Francisco de Souza, da UNESP, sobre a política de segurança pública no Brasil no Programa Tertúlias Criminológicas coordenado pelos professores Luiz Flávio Gomes e Alice Bianchini.

Para assistir a entrevista clique aqui

MEDICALIZAÇÃO DA VIDA: tendências atuais & caminhos plurais



Universidade Federal do Pará
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Psicologia

SEMINÁRIO
MEDICALIZAÇÃO DA VIDA:
tendências atuais & caminhos plurais

DATA: 04 de outubro de 2012 (quinta-feira).
HORA: 9h – 17h30.
LOCAL: Auditório Setorial Básico. Campus Silveira Neto, UFPA (Guamá, entrada Portão do Ginásio).


MEDICAR, CUIDAR, PROMOVER – que caminhos assumir?


A vida é feita de políticas. Políticas para trabalhar, políticas para estudar, políticas para o lazer, políticas para o cuidar. Nos últimos anos registra-se uma tendência a concentrar políticas para medicalizar os processos da vida. Medicalizar apenas com auxílio químico, a partir de uma racionalidade apenas medicamentosa, apartado de uma prática terapêutica abrangente. Esse cenário foi potencializado com a crescente mercantilização dos processos da vida, com a captura das práticas terapêuticas e soluções apenas institucionais. A questão que se coloca é sobre a possibilidade de novas produções da vida e alternativas terapêuticas.

PROGRAMAÇÃO

9 h – Abertura: Profª. Flávia Cristina Silveira Lemos

9h15-10h15 – Conferência: As biotecnologias e a construção de novas sociabilidades.
Profª. Dra. Jacqueline Isaac Machado Brigagão. Docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

10h15 – 10h45 - Debate.

10h45 – 11h - Intervalo.

11h – 12h - Mesa-redonda: Processos de medicalização da vida.
Moderador:
Prof. Pedro Paulo Freire Piani.
Expositores:
Biopoder e medicalização da vida: uma breve análise da história do presente.
 Profª. Dra. Flávia Cristina Silveira Lemos (Programa de Pós-Graduação em Psicologia).
Medicalização e fármacos.
 Prof. Dr. Marcos Valério Silva (Diretor da Faculdade de Farmácia).

12h15 – 14h - Intervalo para almoço.

15h30 – 16h30 - Conferência: Medicalização da educação e das queixas escolares no campo das análises da conjugação de forças nos cenários atuais.
Profª. Dra. Marilene Proença Rebello de Souza (Docente do Instituto de Psicologia da USP)

17h – Fórum da Frente Medicalização da Educação da Sociedade.

Organizadores

Profª. Dra. Flávia Cristina Silveira Lemos (PPGP)
Prof. Dr. Pedro Paulo Freire Piani (PPGP/ICS)

Acadêmicos:

André Arruda
Camila Almeida
Decionei de Oliveira
Ellen Aguiar
José de Arimatéia
Mariane Bitencourt
Raimundo Júnior
Serge LewulaTshibakueno
Thaís Nogueira

·         Será concedido certificado de participação.
·         Taxa de participação: R$ 10,00.
·         Inscrição: Secretaria do Programa de Pós-Graduação em Psicologia – IFCH/UFPA. Horário: 9h às 13h.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cronograma de Encontros do 2º Semestre

O Grupo Trans informa-os que nosso Cronograma de Encontros 2012 foi atualizado. Para você acompanhar o que é discutido por nós basta clicar acima no Cronograma de Atividades 2012.
Neste semestre, alguns temas serão discutidos com mais ênfase como: Amazônia, sexualidade, gênero, bem como algumas das obras de Michel Foucault. 
Nos encontramos todas as terças-feiras, às 17:45 hs.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

NOTA LANÇADA PELO GRUPO TRANSVERSALIZANDO SOBRE HOMICÍDIO DE SEIS JOVENS EM ICOARACI

Esta nota foi produzida pelo grupo Transversalizando, no ano de 2011, frente ao homicídio de seis jovens em Icoaraci.

Nota sobre o homicídio de seis jovens em Icoaraci

No dia 21 de Novembro de 2011, seis jovens entre 12 e 17 anos foram assassinados quando estavam conversando em frente à residência de dois deles, no Distrito de Icoaraci, em Belém do Pará. Frente a este acontecimento, nós participantes do Grupo de Estudos e Pesquisa Transversalizando, que através de pesquisas tem problematizado o grave cenário de violação aos direitos de crianças e jovens no Brasil, por meio desta nota, divulgamos nosso posicionamento sobre a questão:
No Brasil, o segmento populacional de faixa etária entre 15 e 24 anos é a que mais tem sofrido com atos de violência letal: 39,8 % das causas de morte da população jovem são atribuídas a homicídios. Esta forma de violência tem ainda como vítimas preferenciais jovens negros e do sexo masculino. Desta forma, analisamos que vem se configurando um quadro de genocídio, no Brasil, da população jovem, pobre e negra.
A imprensa tem divulgado estes acontecimentos com bastante frequência, mas entendemos que, na maioria das vezes, o faz de maneira sensacionalista e despolitizada. Consideramos que o mesmo deve se constituir como um importante analisador político das práticas sociais que historicamente tem se produzido em relação a este segmento
Há alguns séculos no Brasil, tem-se classificado certa parcela da população como perigosa e violenta e em nome de uma suposta proteção da sociedade tem-se legitimado práticas de extermínio contra a mesma. Nesta história brasileira de gestão dos infames, os jovens pobres têm, na atualidade, sido considerados como membros preferenciais desta nova “classe perigosa”, a qual deve ser controlada de perto. A cada novo ato de violência contra jovens, apenas, atualiza-se práticas de racismo.
O acontecimento em Icoaraci não pode ser desvinculado de uma realidade perversa, que empurra os jovens pobres brasileiros se não, no pior dos casos para o extermínio, mas para o trabalho mal remunerado ou para as diversas formas possíveis de encarceramento. 
Questionamos a ausência de políticas efetivas para reversão deste cenário. Questionamos a falta de respeito aos direitos constitucionalmente garantidos, seja na Constituição Federal, seja no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Não devemos tolerar mais apatia social que nos leva a encarar a ignorar estes atos de violência ou, no pior dos casos, considera-los como natural!



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Grupo retoma suas atividades hoje (11/09)!

O grupo Transversalizando irá retornar suas atividades hoje (11/09), ás 17:45, com a discussão do Livro: A Ordem do Discurso, de Michel Foucault. 
Por conta da greve, ainda não poderemos utilizar a UFPA, onde nos encontramos geralmente. Logo, nosso encontro será casa da Giane, uma das integrantes do grupo. 
Seu endereço: Av. Governador José Malcher, 2274. Casa 08. Entre 14 de Abril e 03 de Maio

Telefones para contato: 3226-3241 / 82340505.

O Grupo Transversalizando convida-os para participação nas discussões! 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Resumo da Dissertação "Cultura de Paz e UNESCO: Uma Analítica Documental da Gestão de Corpos no Brasil"

Segue o resumo da dissertação do Franco que será defendida no prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), no dia 02 de outubro de 2012 às 09:00hs. 

RESUMO

Este estudo objetivou realizar uma analítica do poder no documento “Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz”, documento este legitimado, em 1999, por uma Assembleia Geral das Nações Unidas, fixando-se assim como norte prioritário das práticas da agência intitulada Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Foram utilizados como instrumentos de análise norteadores metodológicos vinculados a muitos operadores retirados do aporte teórico-metodológico produzido por Michel Foucault. Caminhou-se na direção de pensar, problematizar e produzir saber a partir deste movimento de desmontagem de documentos monumentos, tendo como eixo principal o conceito de “Cultura de Paz”. Este mote de cultura de paz possui sua existência atrelada à história das Nações Unidas e às suas agências, sendo produzido e sistematizado a partir de um conjunto de crenças, práticas e associações, que lhe possibilitaram ganhar visibilidade e poder, popularizando-o e tornando-o uma das produções discursivas mais significativas da contemporaneidade. Percorrendo necessariamente por diagonais entre as temáticas UNESCO, governamentalidade e produção de subjetividade, finalizamos esta dissertação com a apresentação do debate a respeito das práticas denominadas cultura de paz e seus efeitos no cotidiano em termos de saber e poder.

Palavras-chave: Cultura de Paz. UNESCO. Genealogia. Produção de subjetividade. Documentos. 

O grupo trans avisa


O grupo Transversalizando convida para a Defesa de Dissertação de Mestrado de Carol Farias que acontecerá no dia 14 de setembro, às 10h30, no Auditório do IFCH,. Aa banca será composta pela Professora Dra. Flávia Cristina Silveira Lemos (orientadora), Profesora Dra. Estela Scheinvar (UERJ/UFF) , Professora Dra. Maria Lívia do Nascimento (UFF), Professor Dr. Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira (UFPA) e Professor Dr. Carlos Alberto Batista Maciel (UFPA/suplente)

Antes da defesa teremos às 9h a oportunidade de participar da mesa redonda com as professoras, Maria lívia do Nascimento e Estela Scheinvar intitulada Uma crítica à judicialização e jurisdicionalização da vida,  no Brasil atual

Carol já nos disponibilizou o resumo de sua dissertação.
CARTOGRAFIAS DO DIÁRIO DO PARÁ: UM ESTUDO GENEALÓGICO DO ACONTECIMENTO HOMICÍDIO CONTRA JOVENS EM UM JORNAL IMPRESSO
Esta dissertação teve como objetivo analisar a forma como é abordado o acontecimento homicídio contra jovens no caderno “Polícia” do Diário do Pará, jornal impresso de grande circulação no estado. O Diário do Pará como um veículo de comunicação de massa, produz saberes, faz circular certos valores, institui regimes de verdade e forja subjetividades, que coadunam com o projeto político e econômico do (neo)liberalismo. Desta forma, empreendemos uma breve análise cartográfica das forças políticas e econômicas contemporâneas que regulamentam as parcelas juvenis e outros segmentos populacionais que, em nossa análise, fundamentam as racionalidades do Diário do Pará na produção de notícias sobre o homicídio juvenil.  À luz do método arquegenealógico, damos visibilidade a rede de enunciados e práticas não-discursivas deste jornal, que projetam o lugar da juventude, especialmente a pobre e não-escolarizada, aos territórios da violência e da criminalidade. Notamos que, nas matérias jornalísticas analisadas, a morte dos jovens é produzida como um acontecimento, ao mesmo tempo, impactante, em virtude dos recursos sensacionalistas utilizados na construção da notícia, e justificável por ser objetivada como resultado de uma trajetória juvenil que insistiu em desviar do modelo do bom cidadão (dócil e produtivo), ao enveredar pelos caminhos da criminalidade e dos vícios. As práticas jornalísticas lançam um feixe de luz sobre a vida dos jovens infames, ao buscar informações minuciosas sobre o que denominam de “vida pregressa” da vítima e acionam o “dispositivo de periculosidade”, que associa pobreza a violência. Concluímos, ainda, que as práticas deste jornal conectam-se a obsessão securitária que tem investido todo o corpo social e o tem organizado a partir da demanda por lei e ordem.

 PALAVRAS-CHAVE: Mídia, Homicídio contra jovens, Racismo e Sociedade Penal.

Brevemente iremos postar também os resumos das defesas do Franco e da Dani, bem como suas dissertações completas.
O grupo trans está na expectativa positiva em relação as defesas de dissertação de seus membros; nossos amigos de estudos, pesquisas e caminhadas!
                 

domingo, 9 de setembro de 2012

Mesa-redonda: Uma crítica à judicialização e jurisdicionalização da vida, no Brasil atual.

O grupo transversalizando convida para participarem da mesa-redonda: Uma crítica à judicialização e jurisdicionalização da vida,  no Brasil atual., com as Profª Drª Maria Lívia Nascimento (UFF) e Profª Drª Estela Sheinvar (UERJ)
Acontecerá no dia 14 de setembro de 2012 às 09h00 no Auditório do IFCH/UFPA. 

Convite para Defesa de Dissertação de Mestrado

O grupo Transversalizando convida para a Defesa de Dissertação de Mestrado de Danielle Santos de Miranda, orientanda da Profª Drª. Flávia Cristina Silveira Lemos, com o tema:  Uma Análise Genealógica da Objetivação Mulher em Documentos do UNICEF. Sua banca será composta por: Profª Drª. Heliana Conde, pelo Profº Drº. Ernani Chaves e pela Profª Drª. Dolores Galindo. Sua defesa acontecerá no dia 01 de outubro de 2012, às 9:00hs, no auditório do Instituo de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), na Universidade Federal do Pará (UFPA);

Também convidamos para a Defesa de Franco Farias da Cruz, orientando da Profª Drª. Flávia Cristina Silveira Lemos, com o tema -  Cultura de Paz e UNESCO: uma analítica documental da gestão de corpos no Brasil. Sua banca será composta por: Profº Drº. Marcos César Alvarez, Profº Drº. Kleber Prado Filho e Profº Drº Ernani Chaves. A defesa acontecerá na Universidade Federal do Pará (UFPA), no prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), no dia 02 de outubro de 2012 às 09:00hs.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Professores da UFPA decidem manter a Greve!


Os professores da UFPA decidiram manter a greve da categoria em assembleia geral da ADUFPA, que reuniu mais de 100 docentes na manhã de hoje, 5, no hall da reitoria da instituição. Durante a votação, apenas nove docentes foram contrários e um se absteve. Os demais concordaram com a manutenção do movimento grevista e aprovaram a intensificação da pressão sobre o governo Dilma.
Na assembleia, os professores da UFPA indicaram que o Comando Nacional de Greve promova ações que deem visibilidade nacional ao movimento. Entre as atividades, os docentes propõem a realização de um ato público em Brasília, com o envio de comitiva de professores de cada universidade para pressionar o governo federal pela retomada das negociações.
A categoria decidiu também intensificar a pressão junto aos parlamentares, em virtude do governo ter encaminhado ao Congresso Nacional, no último dia 31 de agosto, o Projeto de Lei 4368/12 que desestrutura a carreira docente. Fruto dessa articulação, o Comando Local de Greve promoverá nesta quinta-feira, 6, às 11 horas, na sede da ADUFPA, uma reunião com o deputado federal e professor da UFPA, Claudio Puty.
Em nível local, foi marcada uma agenda de atividades, que inclui a construção e participação massiva no tradicional Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro, com saída a partir das 9 horas, do CAN em direção à Praça da República. Os docentes devem também participar das sessões do Consepe e do Consun da UFPA, nos dias 11 e 12 de setembro, respectivamente.
A assembleia indicou, ainda, o nome do professor Ivan Neves para representar a categoria no Comando Nacional de Greve na próxima semana, além de aprovar uma moção de apoio aos professores da Ufopa, que estariam sendo pressionados e assediados pelo reitor da instituição José Seixas Lourenço, por conta do movimento grevista.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Saúde: SUS em Debate


Por Flávia Cristina Silveira Lemos
texto publicado no site Página 13
A luta cotidiana por construir políticas de saúde coletiva e mental que rompam com o eugenismo e com o higienismo não é tarefa simples! Forjar as demandas de olhares complexos e perspectivos, com inquietações permanentes dos profissionais e movimentos sociais, da sociedade civil organizada e dos pesquisadores que militam na defesa do SUS e no campo da Luta Antimanicomial, no Brasil, na atualidade é um processo ininterrupto de lutas transversais e potentes que não podem retroceder diante dos ataques conservadores, neoliberais, medicalizantes e judicializantes da vida.
Os acontecimentos que vêm sendo acirrados e têm ampliado forças no mundo inteiro de criminalização e medicalização da pobreza, de recrudescimento penal e cada vez menos financiamento das políticas sociais públicas e críticas em prol de retornos arcaicos da filantropia moralizante em diversos contextos com práticas similares às asilares e de intensa segregação devem ser alvo de questionamento. É fundamental a organização coletiva de diferentes áreas, setores e formações da saúde, dos saberes políticos progressistas e de radicalização das lutas com alianças fortes com os movimentos sociais que possam fazer frente às ofensivas de comunidades terapêuticas, de lideranças ruralistas oligárquicas, de setores de exploração do trabalho, dos grupos que buscam fazer os direitos duramente conquistados serem extintos e minimizados em função de uma lógica de mercado perversa que destitui um Estado de Bem-estar social, além de tentar desqualificar e capturar a sociedade civil em ofertas tecnicistas e pragmáticas, violadoras de direitos, punitivas e, ainda operando a psiquiatrização das condutas mais cotidianas.
Repudiamos o recolhimento das pessoas que não consomem em shoppings e turismos por uma política de apartheid social. Também rejeitamos a internação compulsória, tortura, aprisionamento em massa, extermínio de jovens pobres negros, genocídio de povos indígenas e ciganos, silenciamento de ambientalistas e movimentos de luta pela terra, derrubada de casas e tendas de moradores de determinados locais em prol da construção civil e de políticas desenvolvimentistas e de intenso interesse imobiliário, desastres evitáveis em morros e por chuvas e acidentes, indicadores de educação baixos, aumento das desigualdades sociais e econômicas, políticas sociais higienistas e morais altamente estigmatizantes de certos grupos só intensificam a inclusão excludente dos antigos e dos novos párias da sociedade brasileira mundial.
Buscamos lutar por melhores condições de trabalho e ampliação do financiamento da saúde pública e da educação, ao invés de transferir dinheiro público para a educação privada e para compra de leitos em hospitais e privados, para clínicas particulares e para o financiamento de entidades filantrópicas, como as comunidades terapêuticas deveria ser uma bandeira de luta de todos e todas que querem e desejam viver uma democracia participativa concreta e que demandaram uma Constituição cidadã, em 1988. Não queremos mais políticas públicas compensatórias e filantrópicas e, muito menos queremos que nosso dinheiro e impostos sejam dirigidos para politicagem que destitui as decisões das conferências e dos conselhos de direitos, dos movimentos sociais e dos profissionais e pesquisadores implicados com uma sociedade de fato democrática e de cidadania não tutelada!
Chega de cinismo e de asilo, chega de recolhimento compulsório e de trabalho escravo, chega de educação de má qualidade e excludente dos pobres e dos negros, chega de extermínio de pobres, de negros, de povos indígenas, de ciganos, de defensores de direitos humanos e de jovens, chega de preconceito e de moralismo higienista na política de drogas e no campo da saúde coletiva e mental!
Lutaremos sem cessar pela luta antimanicomial, pela saúde coletiva com o SUS a todo vapor e valorizado, pela educação pública gratuita e de qualidade, pela vida afirmativa de todos e todas, com direitos fundamentais garantidos sem tutela e sem inclusão perversa!
Não iremos tolerar que nossas vozes sejam sufocadas e caladas com lógicas de mercado e de isolamento dos pobres, dos loucos, das pessoas em situação de rua, dos usuários de drogas, dos que estão detidos nas masmorras depositárias das prisões que foram alvo de uma justiça retributiva e vingativa de privação de liberdade e de outros direitos básicos, do trabalho escravo que continua presente em nosso país, da morte e desova de corpos em covas clandestinas por policiais e grupos paramilitares e não queremos mais uma mídia de oligopólio que viola os direitos e não aceita o marco regulatório da democratização da comunicação, no Brasil!
Vamos analisar os acontecimentos, os novos perigos em jogo, as potências que estão afirmando a vida e quais são os ataques atuais às conquistas de direitos pelo mercado que só produz exclusão e consumidores zumbis medicalizados, punidos e/ou mortos!
*Flávia Cristina Silveira Lemos é professora de psicologia social da UFPA e Conselheira titular no Conselho Federal de Psicologia

SEMINÁRIO DIREITO PENAL E DEMOCRACIA: REALIDADE AMAZÔNICA E INQUIETAÇÕES NO PRESENTE

O Grupo de Estudos e Pesquisas" Direito Penal e Democracia" realizará nos dias 22 e 23 de outubro de 2012 o SEMINÁRIO "DIREITO PENAL E DEMOCRACIA: REALIDADE AMAZÔNICA E INQUIETAÇÕES NO PRESENTE”. Estaremos divulgando a programação e o edital de seleção de artigos para apresentação no referido evento. Esperamos contar com a participação de todos/as neste evento que tem como objetivo lançar um olhar sobre o estudo do direito penal e do sistema de justiça criminal na região.

Maiores informações aqui

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Paradoxos da Política sobre Drogas


Em abril de 2012, no Jornal da Unesp a Professora de Psicologia Social da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Conselheira no Conselho Federal de Psicologia (CFP) Flávia Cristina Silveira Lemos participou do Fórum sobre Crack, Segurança e Política, publicando o artigo com o tema: Paradoxos da Política sobre Drogas .
Neste artigo, Flávia Lemos discute a polêmica sobre o Cacrk em que o Brasil vem vivenciando, bem como a maneira com o que o Governo Federal e alguns Estaduais vêm lidando com a situação, como o deslocamento dos usuários da rua para as Comunidades Terapêuticas. Hoje, o Crack vem sendo tratado como o problema social grave do Brasil.
O tema ganha visibilidade e é alvo de grandes especulações.

Acompanhe o artigo na página da UNESP:
http://www.unesp.br/aci_ses/jornalunesp/acervo/276/forum-jair-izaias-kappann

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Manifesto de Artistas e Intelectuais em Apoio à Comissão da Verdade;


DEMOCRACIA DE VERDADE
As oportunidades da vida nos levaram ao caminho da arte, da música e do espetáculo e, ao seguirmos esses passos, nos transformamos não apenas em artistas e intelectuais, mas em militantes da liberdade, já que temos a possibilidade de expressar nossas ideias e nossos sonhos na linguagem da arte e do conhecimento.

A democracia não nos foi dada, ela foi conquistada por uma geração que não se calou diante da opressão. A experiência vivenciada naquele período de repressão marcou vidas e foi capaz de mudar a história, mas ainda não podemos celebrar a democracia se não tivermos pleno conhecimento das violaçoes cometidas nesse passado tão recente.

O que nos move nesse momento é a esperança de que os parlamentares possibilitem a atual e as futuras gerações o conhecimento desses fatos, para sabermos a verdadeira verdade.

Como defensores da livre expressão do pensamento e da democracia, manifestamos ao Congresso Nacional nosso desejo de aprovação do projeto de Lei 7.376/2010, que cria a Comissão Nacional da Verdade para que essas violações sejam lembradas e conhecidas pelo povo brasileiro, pois essa é a única forma de garantirmos que isso nunca mais aconteça. Chegou a hora da verdade que o Brasil tanto espera.

Brasília, 21 de setembro de 2011.

onde você também encontra os Artistas e Intelectuais que já aderiram ao Manifesto.

Site do Observatório de Segurança Pública recomenda nosso livro;


Transversalizando no ensino, na pesquisa e na extensão.


Flávia Cristina Silveira Lemos, Ana Lúcia Santos da Silva, Cristiane de Souza Santos, Débora Linhares da Silva (orgs). Curitiba: CRV. 2012. 487 pgs.

ISBN 978-85-8042-312-9

Este livro é efeito de encontros, muitos encontros, marcados por paixões, saberes, indagações, com intercessores que nos tocam e nos movem, nos deslocam a pensar, a fazer perguntas e a nos aventurar pela escritura. Vale mencionar que este livro foi tecido a muitas mãos, de maneira cotidiana. Assim, estes textos resultaram de nossos fazeres e das perguntas-problema que nos colocamos como inquietude, marcados pela presença de Michel Foucault e de Gilles Deleuze nos entremeios de nossos corpos e nas intensidades que nos afectam e nos intrigam e nos deslocam.

Estes manuscritos trazem os efeitos e as marcas dos intercâmbios com docentes de várias universidades: UFMT, UFSC, UFF, UERJ, CEUB, UFS, UFRGS, UNESP, PUC/MG, PUC/RJ e UNAMA. E, ainda é importante ressaltar que há no presente livro capítulos de autores de diferentes formações: filosofia, história, psicologia, pedagogia, comunicação, educação física, biologia, serviço social, sociologia e direito. Vários programas de pós-graduação em conversação por meio deste livro que estão alocados nas universidades supracitadas.

É importante dizer que os capítulos reunidos nesta coletânea formam um conjunto de estudos de iniciação científica, projetos de extensão, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado, teses de doutorado, de pesquisas desenvolvidas por professores de diferentes universidades, fruto de conversas em projetos de pesquisa em comum, em bancas de defesa, em mesas-redondas, em seminários/colóquios realizados em conjunto e de percursos ligados a uma variedade de áreas afins à Psicologia social e institucional.

Veja outros lançamentos recomendados em: http://www.observatoriodeseguranca.org/node/332