quarta-feira, 6 de novembro de 2013

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO EDUCAÇÃO E RESISTÊNCIA


DATA: 06, 07 e 08 de novembro de 2013.


PROGRAMAÇÃO

Local das mesas-redondas: AUDITÓRIO SETORIAL BÁSICO I/UFPA.


- DIA 06/11 – Oficina de Estética, corpo, ética e política -15h00 às 18h00 - Inscrições no horário ou por e-mail (dai_gasp@hotmail.com; robert-1322@hotmail.com), gratuitas, limite de 20 participantes. Local da oficina: sala de expressão corporal, prédio novo do ICED/UFPA (3º portão).

Ministrantes: Daiane Gasparetto e Robert Rodrigues 

Descrição da oficina: O corpo é uma arma de batalha e está constantemente atravessado por forças que o conduzem aos encontros e às potências de vida. E é no jogo de saber e poder que ele se mostra emaranhado em linhas estéticas, políticas e éticas que estão articuladas às possibilidades de resistência frente aos assujeitamentos constantes. Diante disso, as artes cênicas como forma de implicação do corpo se apresentam como um dos dispositivos a serem acionados para um estranhamento da realidade, pondo em xeque as forças que nos agenciam. Deste modo, a oficina “Estética, corpo, ética e política” se propõe a colocar os corpos em espaços de diálogo com elementos dos embates cotidianos, por meio da circulação da fala e dos movimentos. Ao término das atividades será proporcionado um momento de criação coletiva de uma performance a ser apresentada no último dia do “Seminário de Educação e Resistência” (08/11 às 17h no Auditório Setorial Básico I).

- Exposição da SDDH - Jornal Resistência - dias 07 e 08 de novembro de 2013.

- Exposição “Restos Manicomiais” - Curadoria e Coordenação do Projeto: Alyne Alvarez Silva - dia 07/11

A exposição “Restos Manicomiais” traz à cena imagens de uma realidade muito pouco conhecida: coloca em pauta a situação das pessoas que cumprem medida de segurança no Ebstado do Pará no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) de Santa Isabel.

Tratamento ou pena? Hospital ou Cadeia? Quem são as pessoas encaminhadas para este espaço desconhecido e confuso? Incapazes? Perigosos? Essas são algumas das perguntas que as inovações normativas propostas desde a Reforma Psiquiátrica nos impõem a pensar e a exposição busca instigar em direção à garantia dos direitos dessa população duplamente estigmatizada.
As imagens foram produzidas por 18 internos do referido HCTP a partir das oficinas de fotografia artesanal (Pinhole e Pinlux) e xilogravura (gravura em madeira), ministradas por artistas de Belém. As oficinas foram organizadas como parte da pesquisa de doutorado em Psicologia Social da professora Alyne Alvarez Silva, pela PUC-SP, intitulada “O processo de institucionalização/desinstitucionalização do chamado ‘louco infrator’ e sua problematização no Estado do Pará”.
A arte, em sua função política, atua como dispositivo disruptivo e ponte de conexão de um “dentro” com um “fora”, desconstruindo metaforicamente os muros que separam estes dois mundos, tornando visível a realidade de violações e contradições vivenciadas pelos chamados “loucos infratores”.

- Exposição de fotos "Psicologia e movimentos sociais" – Curadoria e Coordenação: Artur Couto e Mariane Batista - dias 07 e 08/11

- Exposição de painéis dos estudantes de Psicologia do quarto semestre (matutino e vespertino da matéria Psicologia, justiça e direitos humanos) – entrevistas com
ativistas de direitos humanos. 07 e 08/11

DIA 07/11 – MATUTINO – auditório setorial básico I/UFPA

Inscrições das 08h00 às 08h30, gratuitas.

ABERTURA 08H30

- Mesa 1 – 08h45 às 10h15: Comissão da verdade, tortura e desaparecimentos políticos, crítica à militarização da Amazônia.
Jureuda Duarte Guerra/CRP10; Gustavo Queiroz/Direito UFPA; Marcelo Moreira
(SDDH), Dermi Azevedo (jornalista, cientista político); Mestrando Artur Couto/PPGP-CRP-10.


- 10h20 às 10h40 - Apresentações culturais, artísticas, protestos. Performance da turma da manhã, quarto semestre de psicologia (psicologia, justiça e direitos humanos).


- Mesa 2 – 10h45 às 12h00: Currículo, movimentos sociais e formação na universidade pública.
Prof. Ronaldo Lima (ICED-UFPA), Profa. Doutoranda Vilma Brício (ICED-UFPA), SEDUC; Representante do MST; Representante do MLB; CAPSI-UFPA.


DIA 07/11 – VESPERTINO – auditório setorial básico - UFPA

- Mesa 3 – 14h30 às 17h00: Crítica à Política desenvolvimentista na
Amazônia.
Luzia Poça (Estudante de Psicologia - UFPA), Prof. Mário Tito (UNAMA), Juma Xipaia (Indígena citadina de Altamira / estudante de direito), Prof. Jorge Moraes (FAPSI-UFPA); Josaphat Aranha V.Neto (Representante do Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Ilhas Paraenses)


Apresentações artísticas.


DIA 08/11 – MATUTINO – auditório setorial básico I/UFPA

Mesa 4 – 08H30 às 10H15: Criminalização da pobreza: infância e juventude 
Nazaré Sá (CEDCA), Suzany Brasil (Advogada do CEDECA Emaús), Ana Carolina Faria Franco (CRP10), Representante do Conselho Tutelar da Terra Firme, Mestre André Arruda (CEDECA emaús)


Mesa 5 –10h20 às 12h00: Formação democratizante em saúde e política na 
universidade pública.
Representante da ADUFPA; Joaquim Rocha (Estudante de Psicologia-UFPA/
CAPSI); Geise do Socorro Gomes (NASF-Castanhal/Doutoranda UFPA); Bruno Lima
(Enfermeiro-CA-Psicologia), Leila Cristina Almeida (mestranda PPGP/UFPA e
Profa. SEDUC)


VERPERTINO DIA 08/11 – auditório setorial básico I/UFPA

Mesa 6 – 14h30 às 17h00: Arte, cultura e resistência e formação
política na universidade. Mestre Franco Farias (Transversalizando), Prof. Abílio Pacheco (Prof. de Literatura-UFPA), Bruno B.O. (PPGCS-UFPA) Vitor Nina (Trupe da Pró-cura), Estudante Fernanda Isobe (CAPSI-UFPA)


17H00 às 18H00 - APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS.

ENCERRAMENTO 

Realização: Transversalizando
Apoio: CRP10, PPGP/UFPA, CAPSI e SDDH.

3 comentários:

  1. Muito bom ver seminários como esse acontecendo na nossa universidade, pois são temas de extrema importância e que, infelizmente, a maioria da população não tem nem conhecimento, até por, na maioria das vezes nem conhecer essas realidades. a exposição "restos manicomiais" certamente será muito enriquecedor para percebermos como existe, naquelas pessoas, uma subjetividade e uma capacidade de exerce-la de forma grandiosa e como lugares, como o HCTP, contribuem para a perda das diferentes formas de subjetivação que essas pessoas apresentam, simplesmente por estarem "fora do padrão" procurado pela sociedade,além de mostrar como um tratamento digno, que um ser humano merece, essas pessoas podem melhorar e serem inseridas na sociedade de uma forma muito saudável. Pesquisas como a da Alyne servem de estímulo para vermos que com esforço e dedicação podemos mudar uma realidade tão cruel como esta. Outros temas, como a comissão da verdade também são super importantes de serem discutidos! É inacreditável que, ainda hoje, tenha dificuldade de acesso a tantos documentos e informações e, pior ainda, que muita gente continua não tendo ideia de como a ditadura foi prejudicial à tanta gente. Ainda são comuns os discursos de que na ditadura as ruas eram mais seguras e a educação de melhor qualidade, pois muita gente não tomava conhecimento sobre esses acontecimentos e essa extrema dificuldade que ainda existe faz com que essa ideia ainda permeie nossa sociedade, portanto, quando mais se falar e mais força ganhar a comissão da verdade, melhor será para a população, para que não haja tamanha alienação com algo que foi tão prejudicial a liberdade do ser humano.
    Roberta Proença

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  2. Muito bom falar desses temas. Infelizmente a maioria das pessoas ainda é leiga com relação à situação dos internos de "hospitais psiquiátricos" como o HCTP, por exemplo.
    Esse assunto em especial me chamou a atenção, pois é chocante conhecer o modo brutal pelo qual tantas pessoas têm suas humanidades furtadas em locais como esses. Faço aqui um paralelo com a situação dos moradoras da residência terapêutica do bairro da marambaia aqui em Belém. Ainda taxados como loucos per grande parte das pessoas, mas a situação que se encontram é completamente diferente. Melhor assistidos, em condições de higiene muito boas, recondicionados a exercer funções simples do cotidiano, entre outras coisas. É hora de dar um basta nos manicômios, apelo pela criação de residências terapêuticas, e pela consequente devolução da humanidade usurpada das pessoas que fogiram às regras da patologia da normalidade.

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    1. P.S. Encontrei 4 erros de escrita no meu texto. Perdão, não consegui reeditar, espero que fique claro.
      Taiana de Assunção

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