Neste 15 de outubro, o Grupo Transversalizando presta sua homenagem à todos os professores e professoras! Fiquemos com Paulo Freire e as "Verdades da Profissão de Professor":
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Evocar Paulo Freire para falar sobre ser professor, é auto-explicativo-representativo no que se refere a importância desse papel para uma sociedade.
ResponderExcluirUm homem que discute educação como libertação, autonomia, resistência, cidadania e esperança, no campo, na cidade e para além dos muros de uma escola bancária, mecanicista e capitalista, é um exemplo de/da generosidade, genialidade e coragem de quem decide ser um educador/professor.
Alguém que merece valorização profissional, mas acima de tudo admiração social, por fazer uma escolha de tamanha responsabilidade, tendo em vista que ajuda a formar as pessoas que poderão construir um futuro melhor, ou desconstruir um passado ou um presente ruim.
Entender a importância dessa profissão, é compreender a importância de se investir nas pessoas, nas relações entre elas, com elas e por elas estabelecidas.
E é Paulo Freire, na obra "Pedagogia da autonomia", quem afirma: "Outro saber que não posso duvidar sequer um momento em minha prática educativo-crítica é o de que, como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no mundo" (FREIRE, 1996, p.38)
Diria até que não apenas os professores não podem duvidar disso, todos devemos lembrar de quantas vidas a educação ou a falta dela influencia, isto é, transgeracionalmente e tranversalmente.
Ser professor não é uma tarefa fácil, principalmente no contexto atual, onde a noção de limites e de respeito quase já não existe mais. Assim, ser professor atualmente é um desafio que exige amor à profissão e convicção da importância de seu papel na condução de uma sociedade e de um mundo melhor, pois só assim, é possível superar o desrespeito e a desvalorização por parte dos nossos governantes e de grande parte da sociedade. Trabalhar com a educação é uma grande responsabilidade, já que requer compromisso e dedicação, uma vez que, como afirma Edgar Morin em seu Livro 'Os sete saberes necessários à educação do futuro' "Uma educação só pode ser viável se for uma educação integral do ser humano e que se dirige a sua totalidade e não apenas a um de seus componentes" (MORIN, 2001, pg 11). Dessa forma a educação deveria ter "o dever principal de armar a cada um para o combate vital para a lucidez" (MORIN, 2001, pg 33). Educar é uma arte que poucos dominam e um desafio que poucos aceitam, mas que pode fazer toda a diferença entre ser a "galinha" ou a "águia' da metáfora de Leonardo Boff.
ResponderExcluirAldileuza Soares
As palavras de alguns dos meus professores da época de escola marcaram muitas das minhas escolhas, lembro de anotar algumas frases que eles diziam durante a aula na última página do caderno para poder refletir a respeito delas.
ResponderExcluirNo período em que fiz cursinho, os professores se direcionavam a nós com amor e compreensão, e conseguiam com sua experiência e carinho, tirar um pouco do estresse que sentíamos e nos trazer alegria. Às vezes cantavam, às vezes dançavam, contavam piadas, diziam que a batatinha não se "esparrama pelo chão", mas sim "espalha a rama pelo chão" (rs).
Tantas histórias, tantas reverberações sobre quem eu sou hoje.
Eles fizeram, e fazem, muito mais do que apenas me passar conteúdos, eles me construíram e me constroem, a cada nova lição!
Uma maçã por dia não seria suficiente para expressar minha gratidão!
Todo dia é dia de dizer: Parabéns, professor (a)!