domingo, 28 de abril de 2013

Fórum contra a privatização da saúde no Pará convoca

Publicado em: http://www.sindmepa.org.br/



As entidades que compõem o Fórum contra a privatização da saúde no Pará voltam a se reunir nesta segunda-feira (29), às 19h, na sede do  Sindmepa, para discutir a mobilização contra a intenção do governo do Estado de privatizar a Santa Casa de Misericórdia. Na pauta da reunião estão a avaliação do Ato Público de sexta-feira (26), o abraço simbólico à Santa Casa, que reuniu centenas de manifestantes em torno do prédio antigo e na frente do prédio da Nova Santa Casa; e os encaminhamentos futuros.

Todas as entidades da sociedade civil que já se integraram à luta contra a privatização da Santa Casa e todos aqueles que queiram se integrar a esta causa estão convocados para a reunião de segunda-feira.

As denúncias de que o governo do Estado estaria planejando transferir a gestão da nova Santa Casa para a iniciativa privada surgiu de uma Assembleia Geral dos médicos, no Sindmepa, despertando a imediata reação de segmentos da área da saúde, associações e sindicatos de servidores públicos, parlamentares engajados em lutas por melhores condições de saúde, entre outros.

Com mais de 300 anos de serviços prestados à sociedade paraense, a Santa Casa não pode ser privatizada ou ter seus serviços terceirizados ou algo semelhante. Para o Sindmepa, hospitais e outros serviços de saúde devem ser gerenciados por profissionais públicos. Qualquer coisa diferente disso é privatização, independente da nomenclatura usada pelo governo.

Na reunião de amanhã, além da avaliação do movimento, as entidades vão discutir o encaminhamento de ofícios aos órgãos públicos para que se posicionem com relação ao assunto. Uma das providências a serem tomadas é o pedido formal de audiência pública à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), Câmara Municipal de Belém e Conselho Estadual de Saúde.

Quer engrossar a campanha em defesa da Santa Casa Pública? Participe desta causa em nossa Fanpage, clique no link abaixo e em seguida acione o botão JOIN. Link para se juntar à CAUSA: http://migre.me/ebxW4.

4 comentários:

  1. Para o Neo–liberalismo privatizar instituições públicas significa a obtenção de lucros, para a população que não pode pagar por esses serviços o desamparo.
    A santa casa de misericórdia vem atendendo a população que necessita desses serviços – com muitas limitações é claro- por isso é necessário a mobilização de todos os setores da sociedade – servidores, usuários, sindicatos e políticos - para impedir que a privatização dessa instituição constitua na perda de assistência para a população.

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  2. Vivemos em um estado democrático de direitos neoliberal, entretanto, parece que nosso governo só enxerga seu lado liberalista, esquecendo-se da democracia e dos direitos. É evidente e de conhecimento de muitos o atual estado da saúde pública no Brasil; a falta de investimentos, a corrupção generalizada, o abuso de poder, dentre outros, são fatores que acarretam a precariedade do trabalho, o inchaço nos serviços, a falta de materiais, a inversão de prioridades, etc. A política neoliberal que reverberou na América Latina a partir do consenso de Washington foi seguida à risca no Brasil, principalmente nos governos que vieram após a redemocratização, esta política caiu como uma luva para o interesse das grandes empresas, no entanto, somente a burguesia, as classes abastadas, enfim, os sujeitos assujeitadores através de suas relações de poder impostas sobre a população saíram beneficiados ou passaram imunes às consequências nefastas das privatizações. A saúde é entendida como um conjunto de variáveis que dizem respeito ao bem estar do indivíduo e da sociedade como um todo, seja esse bem estar físico, psicológico, etc. e não pode, portanto, ser confiada a qualquer um. Devemos pensar, antes de resolver legar a gestão do sistema público de saúde a uma empresa privada, quais são as variáveis que estão implicadas no atual mau funcionamento do sistema público; por que ele não funciona? Onde estão os problemas? E assim buscar respostas para tentar mudar a atual configuração sem que seja necessário mudar a gestão; para isso deveremos elucidar novas questões: Será que em vez de privatizar não seria mais vantajosa uma parceria entre o governo e a esfera privada? Quais são os sujeitos que estão implicados e que serão afetados por essas decisões? Como o Estado e a sociedade civil podem atuar conjuntamente para a manutenção do patrimônio publico, para a monitoração dos profissionais, para o combate a corrupção? Dentre outras questões de extrema relevância. Dessa forma, creio que poderemos fazer valer nosso “título democrático” com uma participação ativa da população nas decisões, deliberando sobre suas condições materiais de existência e seu futuro enquanto cidadãos a fim de terem seus direitos efetivados – em especial a saúde, que é um direito básico e inalienável, mas que muitas vezes acaba sendo subtraído em prol de interesses puramente econômicos e de manutenção das relações de poder. Assim seremos, de fato, um estado democrático de direitos e não um estado que vendo o que é do povo e nem se quer lhe repassa o lucro.

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  3. A privatização é uma forma que o Estado busca para conseguir mais lucro, mas mascaram esse interesse fazendo-nos crer que é para melhorar a nossa assistência, eles estão pouco a pouco, roubando nossos direitos coletivos, e como cidadãos devemos sim lutar para que isso não ocorra, vivemos num país neoliberal, o que não quer dizer que devemos perder nossos direitos e nos submeter os interesses do Estado, e se vivemos em uma Republica devemos valorizar o público não o privado, pois em uma republica se busca a vantagem do coletivo não do privado.

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  4. O Estado prega que a privatização é uma forma de beneficiar a população, pois quando se tira a sua responsabilidade quanto aquela instituição entende-se que melhorias na assistência e na qualidade do atendimento virão a acontecer, mais isso é apenas uma forma de esconder o que esta por trás desses interesses que são se livrar de gastos com a saúde que é um dos setores básicos de investimento e ao mesmo lucrar com isso, pois o dinheiro que seria investido agora pode ficar nas mãos do estado, dinheiro no qual é da população que paga seus impostos e tem o direito o cobrar melhorias e lutar contra a essas privatizações de um patrimônio que pertence ao povo.

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