domingo, 25 de novembro de 2012

Violência contra a Mulher é tema de debate online


Evento celebra o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher e na próxima quarta-feira (28), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai realizar o debate online “Violência contra a Mulher - Psicologia e Políticas Públicas: desafios para a democracia”. O evento ocorrerá na sede do Conselho, em Brasília, e será transmitido, ao vivo, pelo site do Conselho das 10h às 12h.
As políticas públicas para enfrentamento da violência contra a mulher, além da presença da Psicologia nos serviços de acolhimento a mulheres em situação de violência, reflexões sobre estereótipos, preconceito e homofobia são alguns dos temas que serão abordados.
A violência por motivos de gênero inclui violência sexual, exploração e abuso, provocando danos físicos e psicológicos. Neste mesmo instante, mulheres estão sofrendo violência no Brasil. De acordo com dados da Secretaria de Política para as Mulheres, apenas entre janeiro e setembro de 2012, foram realizados 561.298 atendimentos pela Central de Atendimento às Mulheres, conhecido como Ligue 180. Desse total, 68.396 foram denúncias de violência, sendo que 27.638 mulheres relataram sofrê-la diariamente.
Para resgatar esta dívida histórica, o CFP e o sistema Conselhos de Psicologia tem realizando várias ações.  A Psicologia é uma profissão que tem 89% dos profissionais do sexo feminino, as quais assumem em seu cotidiano  o desafio pela construção da equidade cívica, social e de direitos pela autonomia econômica, cultural, politica e do trabalho das mulheres.
A primeira fase da pesquisa Profissão e Gênero no Exercício da Psicologia no Brasil, finalizada em junho deste ano, revelou que, das 1,5 mil pessoas ouvidas, 23% já disseram ter sido vítima de violência em algum momento da vida. O próximo passo da pesquisa é a análise dos dados coletados para encontrar formas de estabelecer uma visão abrangente sobre a vida de todas aquelas que se dedicam à Psicologia.
A participação e a intervenção dos profissionais nos efeitos do feminino são propositivos para a mudança efetiva da cultura hegemônica, historicamente presente nas relações com as mulheres.

4 comentários:

  1. A violência contra as mulheres é um assunto que deve ser debatido a todo o momento. E além do debate, deve-se propor ajuda para as pessoas que passam por esse problema. A lei Maria da Penha é um grande avanço na sociedade brasileira, mas é uma pena que foi necessário instituir uma lei para que os direitos das mulheres fossem respeitados. Espancar ou assediar moralmente uma mulher ou qualquer outra pessoa deveriam ser impensáveis. A sociedade ainda precisa evoluir muito!

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  2. Além de avanço, a lei maria da penha é uma conquista que precisa ser muito bem amparada pela população em geral. Sabemos que historicamente a violação dos direitos das mulheres é bem mais notável, por isso está mais do que na hora de uma discussão aberta com a sociedade civil com o objetivo de conscientizar homens e mulheres da importância da nutrição emocional. É preciso lutar contra essa cultura machista e exploradora incessantemente. A luta não pode parar, jamais!

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  3. A violência contra a mulher , infelizmente, ainda é um fato que mancha a tal evolução da sociedade. Por muito tempo tal violência foi institucionalizada, me parece que essa ideia até hoje é massiva na prática da população do sexo masculino, e por vezes existem até mulheres com um pensamento machista. A lei Maria da penha é um importante instrumento no combate a essa violação, porém não se percebe suficiente. É preciso evoluir ainda, para que as mulheres sejam respeitadas em seus direitos e capacidades.

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  4. Sabe-se que a Lei Maria da Penha não é o bastante para frear as violações sofridas pelas mulheres, uma vez que esta regula apenas no âmbito do doméstico. É preciso ir muito além da judicialização dos casos que envolvem a violência contra a mulher, é necessário ações de conscientização que possam romper com estigmas que colocam a mulher em uma posição de inferioridade.Infelizmente ainda prevalece na nossa sociedade uma cultura machista que abre precedentes de desrespeito a mulher, tal fato é inadmissível, cabe a todos nós lutar para que as mulheres tenham os seus direitos efetivados.

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