quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Nota sobre Trabalho Escravo no Brasil!

Trabalho escravo no Brasil? Até quando?

Essa semana recebi mais um boletim de informações da agência de notícias: Repórter Brasil, acerca do uso de pessoas em situação de trabalho escravo no Brasil. Dessa vez, foram 41 indígenas, dentre eles 11 adolescentes recrutados para o trabalho para colheita de maçãs no Rio Grande do Sul. Assim, como essa notícia, frequentemente tem sido divulgado por essa Ong e pelo Ministério do Trabalho situações semelhantes em todo o Brasil, evidenciando uma situação social e econômica que perpassa todo o território brasileiro. Essas situações, por sua vez, também denunciam a falta de interesse político em realmente eliminar essas práticas de nossa sociedade, tanto no meio rural quanto no urbano. O “Brasil sem miséria” não chega até essas pessoas, que se submetem em muitas ocasiões “voluntariamente” a essas práticas, por acreditar que algum ganho poderão tirar de situações tão mortificantes.

Geise Gomes


Segue abaixo alguns exemplos de notícias divulgadas durante o ano:

Força-tarefa liberta 41 indígenas de trabalho escravo no Rio Grande do Sul:

Clipping: Sujos de carvão - Em Açailândia (MA), a Pública acompanha o resgate de jovens explorados em carvoarias: “Eles consideram isso trabalho escravo, a gente nem sabia”:

Moendo Gente – um site do Ministério do Trabalho e Emprego que realiza pesquisas sobre as condições de trabalho em frigoríficos brasileiros:

Site do Ministério do Trabalho com a divulgação das operações realizadas até o ano de 2012http://portal.mte.gov.br/trab_escravo/

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tenho a impressão de que quando se fala em escravidão, hoje, no Brasil, pode parecer brincadeira aos olhos de muita gente, principalmente para o jovem, que é o público que tenho maior contato. Talvez porque se tenha a imagem do escravo negro, do brasil colônia, naqueles deprimentes arquétipos que conhecemos bem. Existem variadas modalidades de trabalho compulsório, que englobam mulheres, crianças, camponeses, que tiveram início bem lá mesmo quando os invasores aqui chegaram, e que ainda estão presentes, mesmo que de forma não tão alarmante. Acontece aqui, do nosso lado, herança dessa história da lógica da exploração do homem pelo homem. Só fechamos os olhos se quisermos, assim como nos lembra Saramago: "Se tens olhos, vê. Se podes ver, observa". Conhecer para transformar e transformar para conhecer. Muito importante termos estas noções em mente em qualquer área de nossa formação. Muito boas as referências ao fim do texto!

      Excluir