O grupo Transversalizando convida para a Defesa de Dissertação de
Mestrado de Carol Farias que acontecerá no dia 14 de setembro, às 10h30, no Auditório do
IFCH,. Aa banca será composta pela Professora
Dra. Flávia Cristina Silveira Lemos (orientadora), Profesora Dra. Estela Scheinvar (UERJ/UFF) ,
Professora Dra. Maria Lívia do
Nascimento (UFF), Professor Dr. Paulo
de Tarso Ribeiro de Oliveira (UFPA) e Professor Dr. Carlos Alberto Batista Maciel
(UFPA/suplente)
Antes da defesa teremos às 9h a oportunidade de
participar da mesa redonda com as professoras, Maria lívia do Nascimento e
Estela Scheinvar intitulada Uma crítica à judicialização e jurisdicionalização da vida,
no Brasil atual
Carol já nos disponibilizou o resumo de sua
dissertação.
CARTOGRAFIAS DO DIÁRIO DO PARÁ: UM ESTUDO GENEALÓGICO DO ACONTECIMENTO
HOMICÍDIO CONTRA JOVENS EM UM JORNAL IMPRESSO
Esta dissertação
teve como objetivo analisar a forma como é abordado o acontecimento homicídio
contra jovens no caderno “Polícia” do Diário do Pará, jornal impresso de grande
circulação no estado. O Diário do Pará como um veículo de comunicação de massa,
produz saberes, faz circular certos valores, institui regimes de verdade e
forja subjetividades, que coadunam com o projeto político e econômico do
(neo)liberalismo. Desta forma, empreendemos uma breve análise cartográfica das
forças políticas e econômicas contemporâneas que regulamentam as parcelas
juvenis e outros segmentos populacionais que, em nossa análise, fundamentam as
racionalidades do Diário do Pará na produção de notícias sobre o homicídio
juvenil. À luz do método arquegenealógico, damos visibilidade a rede
de enunciados e práticas não-discursivas deste jornal, que projetam o lugar da
juventude, especialmente a pobre e não-escolarizada, aos territórios da
violência e da criminalidade. Notamos que, nas matérias jornalísticas
analisadas, a morte dos jovens é produzida como um acontecimento, ao mesmo
tempo, impactante, em virtude dos recursos sensacionalistas utilizados na
construção da notícia, e justificável por ser objetivada como resultado de uma
trajetória juvenil que insistiu em desviar do modelo do bom cidadão (dócil e
produtivo), ao enveredar pelos caminhos da criminalidade e dos vícios. As
práticas jornalísticas lançam um feixe de luz sobre a vida dos jovens infames,
ao buscar informações minuciosas sobre o que denominam de “vida pregressa” da
vítima e acionam o “dispositivo de periculosidade”, que associa pobreza a
violência. Concluímos, ainda, que as práticas deste jornal conectam-se a
obsessão securitária que tem investido todo o corpo social e o tem organizado a
partir da demanda por lei e ordem.
PALAVRAS-CHAVE: Mídia,
Homicídio contra jovens, Racismo e Sociedade Penal.
Brevemente iremos postar também os
resumos das defesas do Franco e da Dani, bem como suas dissertações completas.
O grupo trans está na expectativa
positiva em relação as defesas de dissertação de seus membros; nossos amigos de
estudos, pesquisas e caminhadas!
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